quinta-feira, 20 de maio de 2010


“BULLYING NA ESCOLA“

O termo “Bullying” compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adaptadas por um ou mais indivíduos contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre elementos da mesma comunidade (colegas) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Em princípio, pode parecer uma simples brincadeira mas não deve ser visto desta forma. A agressão moral, verbal e até corporal sofrida pelos alunos, provocando sofrimento na vítima da “brincadeira”, pode levar à depressão.
Os agressores são indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais não há relacionamentos afetivos entre os seus membros. Os pais exercem uma supervisão fraca sobre os seus filhos, toleram e oferecem modelos errados para solucionar conflitos ou comportamentos agressivos. Admite-se que os que praticam o “bullying“ têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo mesmo a tornarem-se criminosos. O bullying tem motivado pesquisadores, educadores de todas as áreas a estudar as causas que motivam a banalização humana e a perda coletiva de alguns valores sociais e do significado da palavra respeito no relacionamento entre colegas. Palavra inglesa para definir a forma intencional de maltratar outra pessoa.

Principais tipos de BULLYING

- Físico (bater, ponta pear, beliscar, ferir, empurrar, agredir).
- Verbal (apelidos, gozar, insultar).
- Moral (difamar, caluniar, discriminar, tiranizar).
- Sexual (abusar, assediar, insinuar, violar sexualmente).
- Psicológico (intimidar, ameaçar, perseguir, ignorar, aterrorizar, excluir, humilhar).
- Material (roubar, destruir pertences materiais e pessoais).
- Virtual (insultar, discriminar, difamar, humilhar, ofender por meio da Internet e tele móveis).
- Alvos de “bullying” - são os alunos que só sofrem “bullying”.
- Alvos\autores de “bullying” - são os alunos que ora sofrem, ora praticam “bullying”.
- Autores de “bullying” - são os alunos que só praticam “bullying”.
- Testemunhas de “bullying” - são os alunos que não sofrem nem praticam “bullying”, mas têm conhecimento dos envolvidos e convivem num ambiente onde isso ocorre.
Efeitos sobre os Alvos incluem
- Depressão reativa, uma forma de depressão clínica causada por eventos exógenos.
- Stress de desordem pós-traumática.
- Torna-se também um agressor.
- Ansiedade.
- Problemas gástricos.
- Dores não especificadas.
- Perda de auto-estima.
- Medo de expressões e emoções.
- Problemas de relacionamento.
- Abuso de drogas e álcool.
- Automutilação.
- Suicídio (também conhecido como bullycídio).
Efeitos numa Escola incluem
- Níveis elevados de faltas escolares (absentismo).
- Alto nível de faltas disciplinares por males menores.
- Desrespeito pelos professores.
Como agir com uma vítima de BULLYING?
- Saiba que ele (a) está a precisar de ajuda.
- Não tente ignorar a situação.
- Procure manter a calma.
- Mostre que a violência deve ser evitada.
- Não o agrida, nem o intimide.
- Mostre que sabe o que está a acontecer
- Converse com ele.
- Garanta a ele que o quer ajudar.
- Tente identificar algum problema atual.
- Com o consentimento dele tente entrar em contacto com a Escola.
- Procurar auxiliá-lo a encontrar meios não agressivos.
- Encoraje-o a pedir desculpa ao colega que agrediu.
- Tente descobrir alguma coisa positiva em que ele se possa sair bem para elevar a sua auto-estima.


Encarar o Cyberbullying
- Criar e manter um clima de comunicação aberta e conversas regulares sobre a Internet e as tecnologias, em vez de esperarem e apenas abordar o assunto quando ocorrer algum problema;
- Encorajar as crianças/jovens a falar sobre os problemas com que se confrontam na Internet ou com outras tecnologias, como por exemplo, os tele móveis e escutarem o que as crianças/jovens nos dizem;
- Explicar às crianças e aos jovens que se forem vítimas de Cyberbullying a culpa não é deles;
- Sublinhar que pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas uma forma de afirmação que envia uma mensagem ao agressor que o seu tipo de comportamento não será tolerado e que não lhe será permitido continuar.

Como Prevenir o Cyberbullying
- Eduque-se a si, aos colegas e alunos sobre como usar as tecnologias de informação e comunicação de forma ética, responsável e segura;
- Eduque as crianças/jovens sobre os riscos de colocarem fotografias, vídeos e outros dados pessoais online que possam ser usados pelos seus colegas para atos de Cyberbullying;
- Preste atenção aos que os seus colegas ou discentes lhe dizem sobre potenciais casos de Cyberbullying e não se limite a subestimar, criar falsos sentimentos de segurança ou até ignorar as situações que lhe são reportadas (por exemplo, "limita-te a ignorar", "não leves isso a sério", etc.);
- Não reaja intempestivamente para proteger a criança/jovem. Por exemplo, não se ajuda uma vítima castigando-a. Se a criança é vítima de Cyberbullying, não lhe retire o direito de acesso ao computador ou à Internet;
- Caso os seus colegas/alunos sejam vítimas de Cyberbullying, deixe claro que trabalhará com a criança/jovem para encontrar uma solução;
- Monitorize a utilização das tecnologias de informação e comunicação pelas crianças e jovens a seu cargo. Faça-o escolhendo criteriosamente o local e o posicionamento do computador. Evite as áreas isoladas (quartos de crianças/jovens), preferindo os espaços de maior circulação.

Fonte: http://psiadolescentes.wordpress.com/

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